No dia 01 de setembro deste ano tive a oportunidade de participar da palestra "HOLOCAUSTO, GENOCÍDIO E CRIMES CONTRA A HUMANIDADE: PERSPECTIVAS DO
SÉCULO XXI", organizada pela OAB Barreiro, no auditório da PUC Barreiro.
A Professora Dra Karel A. Reynolds palestrou sobre o Holocausto (1933-1945), que foi o extermínio sistemático em massa dos judeus pelo regime nazista e seus colaboradores, sendo o genocídio mais bem documentado da História. E isto, naturalmente, contextualizando com o desrespeito a liberdade e as injustiças que veem acontecendo hoje no mundo sem que haja o devido envolvimento da sociedade em repudiá-los.
Houve a participação da Escola Cristã Verbo Vivo no evento, engrandecendo-o, com obras de arte referente ao período e coral. Foi ótimo!
Muitas das informações são conhecidas de todos, mas, algo em especial me chamou a atenção.
Algo que não é exposto e precisa ser lembrado ou chegar ao conhecimento de todos. Algo que faz pensar.
Cem anos antes de Hitler assumir o poder, queimaram livros e igrejas. Concordando com a palestrante, "quem queima livros, acaba queimando seres humanos." Às vezes pode parecer que o objetivo ao falar do passado é constranger, porque não se tem mais nada a fazer e quer sensibilizar as pessoas. O que não é verdade. O fato é que, o que ocorreu no passado, pode repetir-se, se não houver o devido conhecimento do mesmo, para que não ocorra algo semelhante.
Legitimidade não quer dizer justiça. O governo de Hitler era legítimo. ( http://www.brasilescola.com/historiag/hitler.htm) Assim como tantos hoje, não significando necessariamente que sejam justos. (Sequestrar e decapitar pessoas é algo que não me parece justo, menos ainda com a conivência do governo)
As primeiras vítimas do Nazismo, não foram ciganos, judeus ou outra minoria. Foram os próprios alemães. Os que se opuseram ao regime, os deficientes e idosos.
Hoje, conforme a palestrante deixou bem claro, e é possível verificar através de outras fontes, a democracia no mundo está ameaçada. Dentre 200 nações, apenas 80 são democráticas. Mesmo numa democracia é preciso ficar atento a responsabilidades pessoais e de cidadania, pois, em um ano a Alemanha foi da democracia ao totalitarismo fascista com Adolf Hitler. É onde há democracia que se vive melhor, com mais liberdade e justiça. É preciso cuidar para que assim continue sendo. Mesmo parecendo que não está bom.
Quem permite que outrem faça tudo por si, perde o direito a própria vida eximindo-se de responsabilidades, transferindo-as ao 'provedor'.
Pode até parecer que o melhor é ficar olhando a banda passar, principalmente por parecer inofensivo e ser cômodo. Mas, a hora da verdade bater na porta chega, A História conta, e aí pode ser tarde demais.
Abraço,
Lúcia Barros.